sábado, 13 de outubro de 2007

Pedro Abranches Vasconcelos

"se as coisas tivessem corrido bem, estava a apoiar agora a lista "c" regional como candidato nacional, ao lado de manuel vicente.
as coisas não correram bem até agora, mas as razões de um profundo desejo de mudança mantêm-se.
já disse, há 6 anos que queria "mudar a ordem das coisas", e há 3 "mudar mesmo".
com muito menos paciência chego agora, por vezes, a concordar com quem diz que é preciso "mudar mais do que as moscas".
pagamos cotas como se fossem um imposto, incómodo e sem retorno, necessário para que possamos trabalhar.
deixei de aceitar passivemente esse estado de coisas há 6 anos.
não quero que as minhas cotas ajudem a pagar uma sede nova.
não preciso de um salão nobre e de um restaurante, tudo sem árvores, autocarros, metro ou lugar para estacionar.
não quero que as minhas cotas sejam gastas em exposições giras, com projectos giros e festa associada.
nada disto explica às pessoas o que é e para que serve um arquitecto.
não preciso de protocolos coloridos com bancos.
não quero concursos de ideias (sem contrato associado) ou por prévia qualificação (desconfiando da qualidade de quem participa).
quero que aos milhares de concursos públicos de empreitadas correspondam milhares de concursos públicos para projectos.
quero que o r.g.e.u. seja revisto com o meu contributo.
não quero que desapareça a "tabela" de honorários para projectos de obras públicas (a única que explica o que é e o que tem que ter um projecto de arquitectura).
quero um corpo de legislação sem contradições e omissões, claro e universal.
quero um protocolo que me permita ter um seguro profissional que consiga pagar.
quero que a ordem sirva para resolver problemas que eu sózinho não consigo.
quero que sirva só para isso.
podíamos pegar nas centenas de milhares de euros que a ordem possui anualmente transformando-a numa associação recriativa.
seríamos sem dúvida capazes de organizar as melhores festas da península ibérica.
é uma possibilidade tão válida com outra qualquer mas eu preferia que a ordem servisse, me servisse, nos servisse, para nos ajudar a trabalhar melhor.
à troca das cotas que pagamos."

6 comentários:

Anónimo disse...

metro a 400metros

Pedro Aroso disse...

Caro Anónimo

Explica-me melhor o teu comentário, como se eu fosse muito burro...

Anónimo disse...

"não preciso de um salão nobre e de um restaurante, tudo sem árvores, autocarros, metro ou lugar para estacionar."
a nova sede está a 400m da estação de metro "LAPA" e do parque de estacionamento da CMP "águas férreas"

Anónimo disse...

irrita-me esta coisa que tb me acontece. Há palavras que nos estão muito próximas e que usamos como se elas fossem sempre iguais.
Cotas - instrumento de arquitectos e topografos, muito muito usadas por todos, mas ainda são de borla.
QUOTAS, essas sim, custam a pagar.
No resto concordo com o autor do texto que não conheço. E acho que ele merecia essa correção.

Anónimo disse...

tem havido muitos comentários as questões ortgraficas e até alguma esgrima em duelo mas será isso o cerne da questão? seria de todo muito mais operativo que se desenvolvessem ou comentassem ideias de uma forma nobre por um projecto digno.

Telmo Castro

Anónimo disse...

Concordo inteiramente.

LC